O mercado de projetos estruturais oferece inúmeros softwares para auxiliar nas mais variadas etapas do processo, desde a modelagem até o dimensionamento e quantitativos. Ainda assim, eu preciso dominar alguma linguagem de programação ou ter alguém na equipe com essa habilidade?
A resposta para esse questionamento é sim. E, nesse artigo, falaremos um pouco sobre a razão de isso ser tão importante e como incorporar o desenvolvimento de soluções computacionais nas etapas de projeto da sua empresa.
Antes de começarmos, eu tenho uma pergunta a você, leitor:
Além dos softwares de cálculo (TQS, Eberick, etc), você ou sua empresa utiliza planilhas de Excel auxiliares? Se a resposta for sim, indiretamente, você já tem programação computacional incorporada ao seu processo. Geralmente, desenvolvemos planilhas auxiliares com fórmulas para nos poupar tempo e erros em tarefas que não são executadas pelos softwares de cálculo.
Mas, com certeza, você já se deparou com tarefas que não são possíveis de serem executadas apenas com as fórmulas disponíveis no Excel. É exatamente nessas situações que o papel das linguagens de programação fica evidente.
Essas tarefas só não são executáveis pelo software Excel, mas… e se você criar um software próprio para isso?
A liberdade de idealizar um software sob medida para o seu problema é justamente o maior motivo pelo qual as empresas e os profissionais da nossa área devem olhar atentamente para as ferramentas e plataformas disponíveis para o desenvolvimento de soluções computacionais. O primeiro passo para a implementação, é capacitar os colaboradores ou buscar alguém no mercado que traga esse conhecimento para a organização. A partir de então, a empresa deve ser capaz de identificar os maiores gargalos do processo e dar início ao desenvolvimento das novas ferramentas.
Aqui na RM, dividimos o desenvolvimento de novas ferramentas da seguinte forma:
Identificação, avaliação, desenvolvimento, testagem e aplicação.
Na etapa de identificação, a maior parte do trabalho é resumida em interpretação de dados fornecidos pelos softwares de gestão e feedback das equipes de desenvolvimento de projeto. A avaliação consiste em analisar individualmente cada gargalo identificado e estudar a viabilidade da intervenção computacional. Caso a avaliação indique que existe uma solução viável, a etapa de desenvolvimento envolverá pesquisa e concepção da nova ferramenta.
Uma vez finalizado o desenvolvimento, entramos na etapa de testes, onde a ferramenta desenvolvida será aplicada à projetos já concluídos que possuem características semelhantes e terá seus outputs comparados aos resultados obtidos anteriormente. Aqui, espera-se que a ferramenta apresente uma performance no mínimo equivalente, mas, com expectativas de resultados melhores. Enquanto a performance não for aprovada nessa etapa, a solução não será incorporada ao processo de produção.
O processo de um projeto estrutural possui características únicas de empresa para empresa que, muitas vezes, não se enquadram em uma solução genérica oferecida pelo mercado. Se a empresa possui uma equipe dedicada a identificar essas pequenas – ou grandes – tarefas em cada etapa do projeto e buscar soluções, inevitavelmente, ela entregará ao cliente um produto final com muito mais qualidade, em menos tempo, que poupará recursos na execução da obra.
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