Durante as últimas semanas, devido às nossas lives sobre programação e Dynamo, recebemos muitas perguntas sobre o aprendizado de programação. Muito legal! Decidimos, então, na conversa desta semana, abordar o tema!
O processo de começar a aprender uma coisa nova, muitas vezes, pode ser assustador. Dependendo de qual é o estado atual da nossa vida pessoal e/ou profissional, pode parecer impossível. Mas, eu tenho uma boa notícia para você, leitor:
O aprendizado de programação não está diretamente ligado a uma rotina intensa de estudos!
Como primeiro passo, a minha sugestão é que você, antes de escolher uma linguagem, estude um pouco sobre algoritmos. É bom que tenhamos uma noção de como estruturar uma lógica para resolver computacionalmente um problema. Assim, tarefa será resumida em transformar esse algoritmo em algo que a máquina consiga executar, e , nessa etapa, é que começamos a utilizar as linguagens de programação.
Temos incontáveis tecnologias e plataformas disponíveis no mercado, como escolher a qual eu preciso aprender?
Tomarei a liberdade de presumir que você busca aplicação ao mercado de engenharia. Assim, é possível reduzir o número de tecnologias que se encaixam na busca, e, fazer uma indicação mais precisa.
Para o nosso mercado, eu gosto e utilizo duas linguagens: Python e C#.
Python é uma linguagem muito poderosa que está em franca ascensão no mercado, com possibilidade de ser aplicada em qualquer área de conhecimento.
C#, por sua vez, é uma linguagem que recebe suporte da maioria das APIs dos principais softwares que utilizamos no nosso cotidiano – Revit, Robot, SAP2000, entre outros. Além disso, também apresenta uma forma melhor de desenvolvimento de interfaces gráficas se comparada com Python.
Conversaremos melhor sobre a escolha de uma em detrimento à outra em um outro artigo, fiquem ligados!
Uma vez escolhida a linguagem que você vai aprender, a minha dica principal é: DESAFIE-SE!
Durante a graduação, muitas vezes, é difícil encontrar motivação para estudar certas disciplinas justamente porque não vemos uma aplicação clara dos conceitos na nossa vida profissional.
Aprender programação, pode – e na minha opinião deveria – ser aprendida pelo caminho inverso. Diante de um problema, eu busco meios de resolvê-lo. Sugiro que você comece com desafios pequenos, e escale-os no seu próprio ritmo.
O primeiro desafio que eu criei para mim mesmo foi recriar uma planilha de controle de gastos pessoais que eu tinha em excel na forma de uma aplicação para Windows. Obviamente, esse não foi o melhor desafio para o começo devido à sua complexidade. Digo isso pois, muitas vezes, a frustração de não conseguir resolver uma etapa do problema pode ser desmotivante. Dessa forma, comece com tarefas pequenas, que tenham apenas uma função específica. Quando resolvê-la, passe para a próxima etapa! Outra possibilidade é escolher uma tarefa complexa e dividi-la em pequenas etapas.
Saber o que atingiremos com o investimento de tempo que aplicamos é uma boa maneira de manter a motivação e seguir estudando apesar de todas as complicações e urgências das nossas vidas pessoais e profissionais. Se for o caso, busque um desafio não relacionado com a sua atuação profissional. Aplique-o a algum dos seus hobbies, torne divertido o estudo de programação. Mas, o mais importante: DESAFIE-SE!
