Oxidação em concreto armado
O concreto armado pode ser considerado uma das fundações da sociedade moderna. O uso das propriedades de resistência do aço para complementar as propriedades do concreto nos permitiram construir cidades como as conhecemos. Como fazemos para lidar com a oxidação e quais seus efeitos em peças de concreto armado?
O concreto faz uma cobertura em volta da armadura e isso por si só, já evitaria a exposição do metal e, consequentemente, a corrosão. Porém, é possível que ocorram pequenas fissuras que possibilitem o contato do aço com ar ou água, desencadeando, então, a corrosão.
A corrosão das armaduras pode comprometer seriamente a integridade da estrutura, uma vez que a resistência do aço sofre uma redução. Essa deterioração é a patologia mais recorrente em estruturas de concreto armado e afeta, além da integridade, a estética da estrutura.
Os indicativos que podem denunciar a ocorrência de corrosão são fissuras, trincas e manchas na superfície, destacamento do concreto e deformações nas peças. Dessa forma, são estudadas maneiras de inibir a corrosão. Para isso, são utilizados os chamados “inibidores”. Essas substâncias agem de forma a reduzir a atividade de corrosão sem que seja alterada a concentração do agente agressivo. Em geral, essas substâncias são adicionadas à mistura do concreto fresco, mas também existem aqueles que são de aplicação na superfície do concreto após a secagem. Em ambas as situações, os inibidores devem ser capazes de chegar na armadura em quantidade suficiente para protegê-la da corrosão ou reduzir a sua velocidade. O nitrito de cálcio, aminas e alcaloaminas são muito utilizados como inibidores a serem adicionados ao concreto fresco, enquanto monofluorfosfato de sódio é usado para aplicação superficial.
A forma mais eficaz para se tratar a oxidação é atuar na sua prevenção. As normas brasileiras já preveem um cobrimento mínimo nas seções de aço, ou seja, um volume mínimo de concreto ao seu redor para evitar a corrosão. Essa etapa deve ser cumprida e verificada no canteiro para que a garantir que a armadura não venha a afundar durante o processo de aplicação do concreto ou da sua cura, e/ou fique exposta às intempéries, fazendo com que sua capacidade de resistência seja afetada.
Outras alternativas para evitar a corrosão por oxidação estão no uso de aço inoxidável, ou a substituição por barras reforçadas com fibras, encapadas com epoxi, entre outras, no geral, essas alternativas se apresentam muito mais custosas do que efetivas e evitar a corrosão pelos meios já citados acaba sendo muito mais eficaz na engenharia moderna.